Jerusalém - Porta de Sião, Vitor Vicente, Setembro de 2010
Trocaram o jovem soldado Shalit por mil prisioneiros palestinos. Seja. Há que honrar o preceito de salvar uma vida humana. Sempre.
Só que, mais do que mil facínoras à solta, Israel acabou de dar ideias a alguns países árabes. Ocorreram-lhes artimanhas como capturar uns soldados. Para mais tarde, pedi-los para a troca. Como os cromos das cadernetas que trocávamos, quando éramos crianças.
Parece brincadeira, mas a Palestina passou a pertencer à Unesco. Um pequeno passo para a independência, um grande passo para os islamistas estarem mais perto de poder destruir Israel.
Mas essa manobra ninguém viu. Nem que Shalit chegou pálido e magro diante das câmaras e que as suas primeiras palavras foram a pedir paz. Isto enquanto os palestinos foram soltos em carrinhas da cruz vermelha e, mal chegaram a casa (digo, a Gaza), gritaram que a luta (armada) e a guerra continuam. Isso também ninguém viu.
Nem que o Avante acabou de apontar os sionistas e os states como os responsáveis pela crise mundial. Na verdade, ninguém lê o Avante, a não ser nas capelas da foice vermelha. Menos lida ainda é a coluna de poesia do dito jornal. Quem gosta de poesia não abre o Avante e quem o abre não tem cá pachorra para os poetas, esses preguiçosos que nada fazem em prol de nada, que é como quem diz em prol do proletariado.
Só a poesia pode salvar Sião.
1 Comentários:
Ainda bem que ha gente que defende a verdade, so que nao e "politicamente correcto" como bem sabe!
Nao se pode deixar de ser a favor do "islao" porque eles e que tem a maior parte do petroleo!!!
E como neste mundo so se vive dos interesses, poucos sao os que pensam e vocalizam as suas opinioes como voce.
Um abraco, Shalom.
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