O Trânsito mais longo do Mundo - Transiberiano, Vitor Vicente, Setembro de 2009
Por mais que o cansaço possa ser parte do quotidiano, por mais que a realide pareça sinónimo de desgaste, estou ainda convencido que todas as experiências são únicas e irrepetíveis e que, ao mesmo tempo, todas as experiências são uma experiência - a experiência do mundo.
Considero o caso de viajar de comboio. Todas as vezes que viajo de comboio volto a andar no Transiberiano. Seja o trajecto de Dublin para Belfast ou o caminho de ferro que vai de Guangzhou até Schenzhen.
Gira o disco e toca o mesmo. A sequência é a de sempre. Só que o passo de qualquer dança, de tão milimétrica, jamais será como antes. Seja dança, seja exercício de ginástica.
No ginásio de Dublin, por vezes, tenho a sensação que todos os atletas estão sincronizados como a melhor orquestra de Viena. Estejam eles a trabalhar os trícepes, a pedalar na bicicleta ou a fazer flexões. Para mim é um facto: somos todos um corpo, movimentamo-nos todos dentro uns dos outros.
Assim seja. Assim como a play list aqui do gym é a mesmíssima todo o santo dia. Gosto de um ginásio assim - que me imponha uma rotina, uma disciplina.
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