Praça de tuk-tuks em Lapu-Lapu, Vitor Vicente, Abril de 2014
"Eu não era para estar aqui", eis uma ideia que tem me vindo à cabeça em muitas das vezes que viajei. No caso das Filipinas, de tão fugidia ter sido a estadia, foram poucas as vezes que tive essa ideia - talvez pela própria natureza fugidia da estadia.
Lembrei-me mais de que, tal como um amigo me disse, as Filipinas é que não eram para estar aqui. De fato, deviam estar anexadas à América Central e, só por algum acaso, é que estão na Ásia.
Essa impressão passa, sobretudo, pelas pessoas - pois são mais as pessoas que fazem os lugares do que vice-versa. A começar pelos seguranças de porte "machote", passando pelas garinas que galam os gajos e tentam atrair as atenções através dos seus atributos, até aos buracos nas portas dos quartos de hotel. Buracos como estes são obra dos latinos, tais como os seguintes patrimónios: a abundante presença do Catolicismo, a corrupção a cem por cento e o Inglês a descambar para o "Spanglish", a soar a "sudaka".
Tudo isto faz-me com que em Lapu-Lapu, apesar do nome exótico, me possa sentir em casa. Longe é, de longe, a minha localização predileta.
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