Catarata vista do Parque de Foz do Iguaçu, Vitor Vicente, Fevereiro de 2012
Foi uma viagem soberba. Soberba como um sonho. Uma sequência de sensações fantásticas, feéricas e sensacionais. Desde o rever amigos tão velhos quanto antepassados, passando por inagurar amizades e afectos, até a uma súbita sereia que irrompeu em Iguaçu. Sem esquecer, claro, a inenarrável experiência de proporcionar este desfile de paisagens a meus pais.
Durante esses dias, não podia pedir mais. Podia pôr o mundo na mão, fechá-la, e sentir que o possuía por inteiro. E mais, com as costas da mão, renegar tudo o que de mundo ficara de fora - mandar isso embora por não nos fazer falta.
Contar o que é estar cara a cara com as Cataratas, ouvir uma orquestra tocar Tango e sentir os tacões a rimbombar no coração, perceber que Portugal escreveu a primeira página da globalização numa cidadezinha plantada à beira do Rio de la Plata - tudo isso é dizer pouco do muito que se sentiu.
Ainda está por inventar a palavra tão cheia de si que exclame, a plenos pulmões, o sentimento de plenitude. Talvez essa palavra só pertença ao dicionário de D-us. É que mesmo nós, quando dizemos D-us, jamais logramos dizer o nome dEle.
Resta-nos o prazer de curtir a terra. O prazer não é - nem nunca foi - sinónimo de pecado.
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