sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Um sonho chamado América do Sul III

Catarata vista do Parque de Foz do Iguaçu, Vitor Vicente, Fevereiro de 2012

Foi uma viagem soberba. Soberba como um sonho. Uma sequência de sensações fantásticas, feéricas e sensacionais. Desde o rever amigos tão velhos quanto antepassados, passando por inagurar amizades e afectos, até a uma súbita sereia que irrompeu em Iguaçu. Sem esquecer, claro, a inenarrável experiência de proporcionar este desfile de paisagens a meus pais.
Durante esses dias, não podia pedir mais. Podia pôr o mundo na mão, fechá-la, e sentir que o possuía por inteiro. E mais, com as costas da mão, renegar tudo o que de mundo ficara de fora - mandar isso embora por não nos fazer falta. 
Contar o que é estar cara a cara com as Cataratas, ouvir uma orquestra tocar Tango e sentir os tacões a rimbombar no coração, perceber que Portugal escreveu a primeira página da globalização numa cidadezinha plantada à beira do Rio de la Plata - tudo isso é dizer pouco do muito que se sentiu.
Ainda está por inventar a palavra tão cheia de si que exclame, a plenos pulmões, o sentimento de plenitude. Talvez essa palavra só pertença ao dicionário de D-us. É que mesmo nós, quando dizemos D-us, jamais logramos dizer o nome dEle. 
Resta-nos o prazer de curtir a terra. O prazer não é - nem nunca foi - sinónimo de pecado. 

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