quinta-feira, 6 de junho de 2013

Via Frankfurt III


Centro da cidade de Frankfurt, Vitor Vicente, Abril de 2011

A minha primeira viagem enquanto oficial de Frankfut à distância foi a New York. Antes de ver o mundo, quis conhecer a cidade que serve de modelo ao mundo inteiro, incluindo aquelas cidades-contra, que se constroem à imagem e dessemelhança,numa palavra, às avessas, das modas americanas. 
Apanhei um voo direto de Dublin. Não tive problema algum para passar a alfândega americana. No caso, bastava passar a alfândega ainda do lado de cá do Atlântico, antes ainda de chegar à América, em pleno aeroporto de Dublin. Tanto assim que, ao aterrar no aeroporto JFK, os passageiros vindos da Irlanda só precisam de levantar as malas no terminal de voos domésticos. Como se, em vez de Dublin, tivessem partido de Dallas ou de Detroit.
Mais chato foi passar o controlo policial do aeroporto de Montreal. Demorou quase tanto tempo quanto demorara o voo de New York até ao Quebec. Ainda me lembro de um passageiro americano que se queixava disso e se queixou também disto e também daquilo durante o voo, que todo ele era queixume o tempo todo. Um daqueles americanos que eu - que considero comportamento de anta o dos anti-americanos primários - considero obtusos e quadrados, americanos até ao absurdo.
Estivesse eu pouco acostumado a viajar com bilhetes staff (leigos, leiam bilhetes stand by que custam tuta e meia e que só se traduzem em embarque quando há algum lugar vago) e muito teria refilado por, ainda em Montreal, ter esperado até à última para me darem o cartão de embarque para Frankfurt. Onde, depois de dez horas de voo, não entrei na primeira partida para Dublin. O que me custou dez horas extra de viagem, agora de espera pelo voo seguinte para a capital da Irlanda.
E lá fui eu a Frankfurt. Que não é propriamente a cidade dos sonhos, mas a cidade onde se consegue sonhar com todos os sítios. Parei um pouco na praça principal, entrei na Catedral. Em Frankfurt, enfim, fiz uma pausa para respirar fundo o ar continental.
E entranhar que ir da Europa para a Irlanda e vice-versa parecia-se a um voo inter-continental. 

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