domingo, 2 de junho de 2013

Via Frankfurt I


Iron Bridge - Frankfurt, Vitor Vicente, Janeiro de 2012

Para dizer a verdade, nunca se pôde denominar de viagem. A não ser que force muito, só nesse caso, me posso referir às vezes que estive em Franfkfurt como a uma velha viagem.
É por isso que, em vez de ser parte da série "Variações sobre Velhas Viagens", este post dá o pontapé de saída de uma outra série. Será, sim, o primeiro do que chamarei de "Via Frankfurt".
O primeiro que, como querem os cabalistas, assinala o fim - o fim das viagens via Franfkfurt. Sejam por Frankfurt como trampolim para todos os sonhos, sejam por Frankfurt como  plataforma onde fazer uma pausa e lembrar que todas viagens têm  um regresso à realidade da rotina. 
Rotina que, de hoje em diante, deixará de ter com Frankfurt no horizonte.
Durante dois anos e oito meses, trabalhei à distância (à distância de Dublin) com o aeroporto de Frankfurt. Dadas as distâncias físicas, assim como o frio que daí advém, não guardarei desse aeroporto o mesmo carinho que guardo do aeroporto de Barcelona, onde trabalhei (fisicamente falando) durante dois anos. 
O aeroporto do Prat, que é como é conhecido o principal aeroporto da Catalunya entre os cromos aeronáuticos, tornou-se-me todos os aeroportos deste mundo e do outro. Especialmente os aeroportos espanhóis, onde, sempre que aterro e ouço qualquer gravação de aviso aos passageiros, volto a ter os vintes e tais anos que deixei de ter há um par de meses. 
O aeroporto de Frankfurt vai-me ficar, enfim, como a porta de embarque para as estrelas. 
Mas deixemos as estrelas e, de momento, fiquemos em Frankfurt. Essa escola onde aprendi que há mais mundo do que o mundo que vinha no mapa nas aulas de geografia, que há mais mundo do que pensava mas que isso não quer dizer que o mundo seja  maior do que nos ensinaram. Que todo e qualquer sítio é sempre um fim ficticio, mas sim o princípio doutra coisa qualquer.
Até quando, sem o saber, vindo de Tel Aviv, vinha também a caminho de me tornar oficial de Frankfurt. Mas essa é outra história. É para aqui chamada para dar o mote ao próximo post

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