sábado, 10 de dezembro de 2011

Lições da Índia - Anti-Semitismo

Agra - Taj Mahal, Vitor Vicente, Novembro de 2011

O mundo do turismo não é um outro mundo. Antes a continuação do quotidiano, meio que virado às avessas para Inglês não ver e rei se crer.
Muita da "visão prática" do turista é anti-semita. Basta pensar que o - chamemos-lhe assim - circuito judaico jamais é apresentado ou patrocinado por algum "agente alheio".  Também é certo que não é próprio do Judaísmo a preocupação em popularizar os seus lugares de culto ou até a sua cultura. Mas ainda não é menos certo que pouca gente se interessa por Israel e pelas Judiarias dessas Diáspora fora. Na verdade, as pessoas (podia dizer turistas) só tendem a interessar-se pelo que lhe pôem à frente dos olhos - e as restantes realidades, repugnadas, afastam com as costas da mão. Por aí se vê que o turismo não é propriamente diferente da conduta comum do dia-à-dia.
Existem preconceitos contra todas as etnias e religiões. Não escapam Hindus, Muçulmanos e Budistas. Ao mesmo tempo, existe toda uma falange de fascinados que confude os Hindus com o Gandhi multiplicado por mil, que adorava assistir a uma dança do ventre na Mesquita da esquina e que pensa que cada Templo no Tibete está repleto de túnicas andantes que transmitem paz e tranquilidade. 
Judeus? Alguns acham que já nem existem. Outro não, não gostam. Diriam: "Têm o dinheiro que eu não tenho. Que já é pouco e não me chega mais do que para ir de férias à Turquia comprar tapetes lá pra casa...".
A instantânea e ténue tolerância dos turistas não é para todos. 

P.S. - A fotografia dispensa legendas. Mas não dispensa lembrar que este Blog não é islãomofóbico. 

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