terça-feira, 25 de outubro de 2011

Variações sobre Velhas Viagens I


Vladivostok - Fim de Tarde, Vitor Vicente, Setembro de 2009

Assim que marco uma viagem, assim que, ansioso, começo a contar os dias no calendário, tenho também por hábito (sou homem de hábitos, de rotinas e rituais, mas essa é outra história..) consultar as previsões metereológicas para o dito destino. Mesmo que as previsões não alcancem mais do que os próximos dez dias e a data de aterragem esteja para além desse período.
Outro tique diletante - ou, se quiserem, outro anti-tédio - consiste em, nas mesmas páginas web, consultar previsões metereológicas para as cidades que, certo dia, visitei. É a minha maneira de poder voltar a vê-las. Tromso, Vladivostok, San Carlos de Bariloche são as mais recorrentes no meu itinerário de viagens a bordo das nuvens, às arrecuas.
O clima é o mais abstracto de uma cidade. Contudo, é a coisa mais concreta. É uma realidade inalienável, porém contornável. Poder-se ia dizer que existe como existe D*us - que o clima chega às cidades como um enviado de D*us.
Só conhece o clima aquele que pelo clima se fascina.

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