domingo, 8 de janeiro de 2012

Com a de-vida distância VI

Aviva Stadium - Final da Liga Europa em Dublin, Vitor Vicente, Maio de 2011

O "Portugueto" sai para as ruas de Dublin sempre que há "derby" lá na "Lusolândia." É o pretexto mais que perfeito. É vê-los com o cachecol do clube do coração. É vê-las a acompanhar os respectivos como acompanharam na mudança de nação.
Bebem pints, imperialmente ou de fininho consoante as cores clubísticas. Mas todos gostam à brava é das Irish Girls que, ao contrário dos idos tempos no Allgarve, não lhes fazem olhinhos, nem lhes dão bola.
Por isso, e para descanso das consortes, o melhor mesmo é concentrar-se na bola.
Portugal em peso. Sem olhar à conta, nem com meias medidas. Repetem rituais como se continuassem no café da esquina. Nem deixam em casa os comentários racistas contra o "cabrão do preto que, foda-se, com um caralho, que o palhaço do treinador, palhaço pá, mandou marcar a porra do penalti". 
Alguns preferem nem ver o penalti. Aproveitam para, fora das quatro entrelinhas do terreno de jogo, galarem as "Irish Girls" que, já sem a leveza e o desprendimento de quem está de férias, não lhes passam cartucho, nem cartão.
Cartão acaba de mostrar o árbito. Cartão amarelo. Amarelo como o único sorriso que consigo esboçar durante os noventa minutos em que volto a Portugal com a de-vida distância.

0 Comentários:

Enviar um comentário

 

Seguidores