tag:blogger.com,1999:blog-1118812616122692452024-02-20T23:08:02.008+00:00DIÁSPORA DE DUBLINVitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.comBlogger165125tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-34742806588445330962014-06-25T21:41:00.002+01:002014-06-25T21:41:51.246+01:00Dublin em Diferido
Silesian Shopping Centre - Katowice, Vitor Vicente, Junho de 2014
Despeço-me de Dublin. Num Domingo à noite e em diferido. Do alto de um décimo andar e diante de um centro comercial que tem tanto de capitalista como de soviético. Em poucas palavras, despeço-me de Dublin em Katowice. Porque nunca nos é permitido despedir enquanto não chegarmos ao próximo destino.
Digo nós, os Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-73846314748613860342014-06-22T22:54:00.001+01:002014-06-22T22:54:11.685+01:00Ares Pela Ásia V
In-Town Check-In - Hong Kong, Vitor Vicente, Abril de 2014
Tenho um carinho especial por Hong Kong. Foi este o aeroporto onde, pela primeira vez, desembarquei em paragens asiáticas. Foi neste país a que prefiro chamar de cidade onde, pela primeira vez, escutei a acústica das maquinetas asiáticas.
Tamanha é a dádiva que, na viagem de regresso, ao ter oito horas de conexão entre um voo e Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-42428973345106088652014-06-11T22:29:00.001+01:002014-06-11T22:29:49.186+01:00Ares pela Ásia IV
Praça de tuk-tuks em Lapu-Lapu, Vitor Vicente, Abril de 2014
"Eu não era para estar aqui", eis uma ideia que tem me vindo à cabeça em muitas das vezes que viajei. No caso das Filipinas, de tão fugidia ter sido a estadia, foram poucas as vezes que tive essa ideia - talvez pela própria natureza fugidia da estadia.
Lembrei-me mais de que, tal como um amigo me disse, as Filipinas é que não Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-84021821761571459972014-06-08T21:14:00.001+01:002014-06-08T21:14:06.329+01:00Deixar Dublin IV
Com que então Katowice. Depois de quase quatro anos em Barcelona e passado pouco mais de quatro em Dublin, está a chegar a hora de partir para a Polónia.
Nada de novo. A não ser que, pela primeira vez, vou-me mudar para uma cidade que não conheço e que pertence a um país que já pisei.
Poderia de Barcelona dizer o mesmo. Arrogando-me do fato de já ter estado antes na Galiza. Mas nem a Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-33449145887592362762014-06-05T16:50:00.001+01:002014-06-05T16:50:21.573+01:00Deixar Dublin III
Voltando à dívida de Dublin.
Foi Dublin, uma das capitais mais provincianas do velho continente, que me abriu as portas do mundo. Por mais que Barcelona me tenha acolhido como uma mãe e que tenha o estatuto de minha segunda cidade, foi este país que me puxou para fora de Portugal.
E, já estando cá, foi aqui que encontrei o trampolim para viajar pelo mundo fora. Por mais que de Barcelona tenhaVitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-15004874016492634502014-06-05T11:53:00.002+01:002014-06-05T11:53:13.611+01:00Ares pela Ásia III
Mercado-Flutuante - arredores de Bangkok, Vitor Vicente, Abril de 2014
É curioso, tão curioso, o fato de que vou começar esta crónica sobre a Tailândia a dizer que falo fluentemente Espanhol. A tal fluência será uma falácia acrescentar um certo amor pelo dito idioma. Para ser bem sincero, detesto o sotaque. Não obstante este mudo ódio, consigo ser fã de certas expressões espanholas. Por Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-17867566942463943122014-06-02T18:27:00.000+01:002014-06-05T11:55:15.336+01:00Ares pela Ásia II
Songs of the Sea, Singapura, Vitor Vicente, Abril de 2014
Desde Platão que sabemos que as cidades não foram propriamente feitas para os poetas. Quem diz as cidades, diz as sociedades, os palcos, os fóruns da praça pública.
Ainda assim, tentemos supor que existem cidades poeto-friendly (o estrangeirismo, que eu normalmente evito e execro, tem um motivo). Assumindo isso, Singapura seria à Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-66662893581113406362014-06-01T17:15:00.001+01:002014-06-01T18:02:09.600+01:00Deixar Dublin II
Antes de avançar com o destino pós-Dublin, impõe-se-me contar como aqui cheguei. E, deste modo, desvendar a dívida que tenho a Dublin.
Corria o ano de 2006. Em que, durante a maior parte do tempo, estive desempregado ou com contratos precários. A viver mal e - perdoem-me a palavra - portuguesmente. Devastado com a ideia de, pela primeira vez, ter tido um programa para me mudar para o outro Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-57483107952487908962014-05-31T20:20:00.004+01:002014-06-05T11:55:27.936+01:00Ares pelas Ásias I
Main Station - Taipei, Vitor Vicente, Abril de 2014
As cidades medem-se pelas suas montras.
No caso de Taipei, a maioria das ditas ostentam capacetes e maquinetas (por maquinetas entendo buginganga sofisticada).
Começo pelos capacetes. E confesso: como eu gostaria de ter um, à prova do ruído do trânsito. Eu explico, que é como quem diz: eu exponho-me. Eu estou no quarto de hotel, mas é Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-47860164088839008852014-05-31T19:35:00.000+01:002014-05-31T19:35:16.066+01:00Deixar Dublin I
Pode parecer patranha, soar a contradição, mas é assunto sério. Todas as manhãs, quando acordo, dou um murro no despertador e dou graças a D-us por me dar mais um dia no mundo - às vezes, lembro-me ainda da canção "Se eu fosse um homem rico" do musical "O Violonista no Telhado", em que o personagem principal, depois de reconhecer perante D-us "que "não é vergonha nenhuma ser pobre, mas que tal Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-11597188877401039922014-03-16T18:43:00.001+00:002014-03-16T18:45:30.076+00:00Diáspora de Dublin XXXVI
Canal em Dublin 4, Vitor Vicente, Junho de 2013
É curioso. Dublin 4 é uma das minhas zonas preferidas da cidade e, ao mesmo tempo, onde mais sou alvo de racismo. Outras zonas (digo, de racismo) são a margem norte, O' Connell Street e arredores, onde o obram vagabundos e drogados que, dada a falta de cérebro, não são dignos do termo bandidos. Aí o racismo é do tipo rural, em que a Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-19292605330236815162014-03-08T17:28:00.003+00:002014-03-16T18:43:02.420+00:00Diáspora de Dublin XXXV
Estátua de Alfredo da Silva - Barreiro, Fevereiro de 2014, Vitor Vicente
É fato: retomei o gosto pelo negro, no que à vestimenta toca. Não se trata, todavia, da velha vestimenta, de que hoje faço chacota, quando a ostenta aqueles a quem já caducou a rebeldia de sair à rua conforme lhes dita a gana. No meu caso, o revivalismo pelo negro tem que ver com a constante revisão a que me sujeito. Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-36885064998598514882014-02-01T18:02:00.002+00:002014-02-01T18:02:15.363+00:00Diáspora de Dublin XXXIV
Carrer Aribau - Barcelona, Vitor Vicente, Setembro de 2012
Lá no escritório, tenho um colega que anda todo contente porque se vai casar. Normal. Tal sentimento de sedentária e gregária satisfação nem deveria servir de mote para o que se quer de uma crónica.
Só que o meu colega, além de contente com o casório, está super feliz com o fato de mudar de casa, por estar convencido que, Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-54009108865363014362014-01-28T22:13:00.003+00:002014-01-28T22:13:50.922+00:00Diáspora de Dublin XXXIII
Amanhecer em Rathmines - Dublin, Vitor Vicente, Janeiro de 2014
Das poucas vezes que, daqui de casa, tenho tido oportunidade para mandar parar o mundo e assistir à realidade a um ritmo alternativo, durante um desses magistrais momentos, tenho-me intrigado com a cúpula verde - verdíssima, à noite - da igreja que, sentado no sofá, vejo através da janela.
Antes de avançar na intriga, Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-44472250206011631552014-01-27T21:23:00.001+00:002014-01-27T22:19:21.416+00:00Diáspora de Dublin XXXII
Rathmines - Dublin, Vitor Vicente, Janeiro de 2014
Mudei de casa há, mais ou menos, dois meses e meio. Tirando o fato de agora não ter mais ninguém entre as quatro paredes, não foi grande mudança. Geograficamente falando, mudei-me para, mais ou menos, meio quilómetro de distância do lugar onde antes vivia. Semelhante distância separa-me do lugar onde morei antes de me mudar paraVitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-13713094677751551692013-12-03T22:12:00.000+00:002013-12-03T22:12:52.756+00:00Balcãs & Benelux IV
Uma bica no coração do continente - Luxemburgo, Vitor Vicente, Novembro de 2013
Do Luxemburgo, por estar geograficamente onde está e pela parca história, pouco mais se espera do que um certo encanto europeu e o carisma das cidades do velho continente.
O Luxemburgo cumpre essas expetativas na perfeição. Tem a excelência sóbria e nobre da Europa, assim como um charme ocidentalíssimo.
Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-18395632209960835892013-11-25T21:08:00.000+00:002013-11-25T21:08:19.181+00:00Balcãs & Benelux III
Memorial de Mardasson - Bastogne, Vitor Vicente, Novembro de 2013
Há pouco mais de um mês, Varsóvia. Há uns dias atrás, Mostar. Primeiro, a Polónia. Depois, a Bósnia. Agora?
Agora, a Bélgica. Onde ninguém faz mal a uma mosca, quanto muito destina uma criança a ser enterrada no mesmo derradeiro chão que muitas outras crianças: no quintal.
Fora a pedofilia, o único problema dos Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-13075617322935811822013-11-17T16:45:00.002+00:002013-11-17T16:45:26.700+00:00Balcãs & Benelux II
Mostar vista da ponte Stari Most, Vitor Vicente, Outubro de 2013
Mostar não é banhada pelo mar, mas é como se fosse. Mostar está dividida por um rio, como quase todas as cidades europeias, mas é como se na Europa não estivesse. A ponte pedonal, que liga o bairro Muçulmano ao bairro Católico, cuja única competição é ver quem constrói a cúpula mais alta, essa ponte transforma toda Mostar Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-62981270644103407012013-11-10T19:36:00.001+00:002013-11-10T19:44:50.671+00:00Balcãs & Benelux I
O Crepúsculo na Costa Croata - Zadar, Vitor Vicente, Outubro de 2013
Enquanto errante, habituado a deixar terras para trás e a estender tapetes e tendas para diante, há muito que o exercício na questão "De que vou ter saudades?" faz parte da minha rotina diária.
Por exemplo, no dia em que deixar Dublin, certamente que vou sentir falta dos crepúsculos lentos e tardios nas noite de Estio. Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-79658713897209630562013-10-13T13:51:00.000+01:002013-10-13T13:51:05.113+01:00O Triplete do Leste III
A loucura do troc-troc e do trânsito do Azerbaijão - Baku, Vitor Vicente, Setembro de 2013
Não, os Nórdicos também comem pão à refeição. Só que, muitas vezes, a refeição resume-se ao pão. Pão com pão, e pouco mais. Já o pessoal do Sul come pão e mais alguma coisa. Pão e, a maior parte das vezes, muitas mais coisas. Pão com condimento, pão como complemento.
Estando o Azerbaijão a Sul, o Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-22172954427464391942013-10-08T21:20:00.004+01:002013-10-08T21:23:37.398+01:00O Triplete do Leste II
Termas-mor de Budapeste, Vitor Vicente, Setembro de 2013
Antes de mais, um aviso à navegação: cada crónica que escrevo sobre cada cidade, faço questão de que seja escrita quando ainda estou nessa cidade. Exceção abro à série "Variações sobre Velhas Viagens". Mas é por isso que essa série de crónicas se chama como se chama. E, enquanto exceção, confirma duas coisas: primeiro, a regra, Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-53940457175909281472013-10-06T11:18:00.001+01:002013-10-06T11:18:19.094+01:00O Triplete do Leste I
As balas vivas de Varsóvia, Vitor Vicente, Setembro de 2013
Exitem cidades conhecidas por serem cidades cinzentas. É, sobretudo, o caso de grandes cidades, sejam ou não capitais de um país, sejam ou não capitais de uma região.
O caso de Varsóvia, capital da Polónia, é diferentes das demais capitais e das grandes cidades cinzentas. Tão diferente que é elevado ao estatuto de distinto.Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-67915067827927866312013-09-11T21:30:00.001+01:002013-09-11T21:30:03.740+01:00Micro-cidades dentro doutras cidades VII
Polish Shop - Waterford, Vitor Vicente, Agosto de 2013
Em vésperas de, pela primeira vez nesta vida (pelas outras não respondo), visitar a Polónia, recordo e evoco a minha mais recente viagem.
Que foi, se bem se lembram os fiéis deste Blog, a Waterford. É certo que só ir e voltar no mesmo dia. Porém, depois de tantos dias, mais de dois meses, sem ir a nenhum lugar, pareceu-me uma Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-36916577987989281562013-09-08T13:52:00.002+01:002013-09-08T13:55:46.126+01:00Micro-cidades dentro doutras Cidades VI
Chinatown - Montreal, Vitor Vicente, Abril de 2011
Não guardo muitas memórias de Montreal. O que é francamente mau, pois é missão das viagens encher as gavetas com o que do mundo nos encheu o olho.
Na verdade, a Montreal pouco mais pedi que me mostrasse onde nasceu e e cresceu Leonard Cohen, que me desse a conhecer uma comunidade de emigrantes Portugueses à antiga e, claro, um pouco do Vitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-111881261612269245.post-86319432043133181502013-09-07T13:47:00.000+01:002013-09-07T13:47:04.617+01:00Micro-cidades dentro doutras Cidades V
Rambla Raval - Barcelona, Vitor Vicente, Setembro de 2012
Morei quase um mês no Raval. Se contar com a semana em que morei em dois hostels, se é que é possível uma pessoa morar em hostels, então posso dizer que morei durante um mês no Raval.
Provavelmente, muita gente não sabe onde fica o Raval. Pelo contrário, certamente muita gente saberá onde ficam "as Ramblas". Ou pensa que sabe. PoisVitor Vicentehttp://www.blogger.com/profile/18293240189203608104noreply@blogger.com0