domingo, 8 de junho de 2014

Deixar Dublin IV

Com que então Katowice. Depois de quase quatro anos em Barcelona e passado pouco mais de quatro em Dublin, está a chegar a hora de partir para a Polónia.
Nada de novo. A não ser que, pela primeira vez, vou-me mudar para uma cidade que não conheço e que pertence a um país que já pisei.
Poderia de Barcelona dizer o mesmo. Arrogando-me do fato de já ter estado antes na Galiza. Mas nem a Catalunha, nem a Galiza espelham a Espanha - pelo menos, a mesma Espanha. Barcelona parece-se muito mais a Paris - pelo menos foi o que me pareceu nos primeiros dias na Catalunha, ainda que do mundo só conhecera a capital francesa. Por isso, prefiro dizer que quando fui para Barcelona não conhecia nada deste mundo.
De Dublin conhecia o que vi durante uma semana que por cá andei, em 2007. Depois de ter estado em Madrid e Estocolmo. Antes, muito antes, de ter estado em muitos lugares. Já era alguma coisa. Mas o fato de conhecer muito pouco deste mundo e não ter como comparar Dublin - as cidades, tal como as pessoas, conhecem-se e compreendem-se quando colocadas em contexto de comparação - faz-me acreditar que aqui cheguei dotado de conhecimento mundano meramente diminuto.
Quer isto dizer que a Katowice, embora nunca lá tenha estado, chegarei com o conhecimento colhido por todas as outras cidades dos cinquenta países que visitei. Da Polónia conheço - no sentido comum de conhecer - Varsóvia. É o suficiente, mais alguma boa gente polaca que conheci em Dublin, para perceber e deixar de perceber o povo. 
De resto, tanto a Polónia como o Leste Europeu, sempre me pareceram a terra dos familiares distantes, dos alguns primos Askhenazi afastados onde íamos, ano sim, ano não, nas férias do Verão. O Estio até está à porta. Deve ser por isso que tudo isto me soa como uma espécie de regresso. 

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